Hoje, 15 de abril, é celebrado o Dia Nacional de Conservação do Solo, e na oportunidade destacamos como a prática da fruticultura tem contribuído para a conservação desse recurso tão imprescindível para a produção, que é o solo.
O Vale do rio São Francisco tem sido caracterizado como uma região fértil e fortalecida com a Irrigação. É no submédio São Franciscano onde estão situados os maiores conjuntos de Projetos Públicos de Irrigação do Brasil, dentre eles o Distrito Senador Nilo Coelho (Dinc), com uma área de mais de 23 mil hectares.
Os estudos para implantação do Dinc aconteceu desde a década de 60, pela Superintendência do Vale do São Francisco (Suvale), na qual foram feitas pesquisas para averiguar a viabilidade das suas terras para a Irrigação.
Com mais de 30 anos em operação, o Dinc comprova o que as pesquisas constataram: um Perímetro com solos altamente produtivos, com índices de salinidade baixos e aptos para a Irrigação.
Segundo o engenheiro Agrônomo da 3° Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), José Costa, quando o solo é utilizado para a fruticultura, passa a se obter uma conservação natural do mesmo. “Isso acontece porque os restos vegetais de uma cultura dão mais fertilidade ao solo, protege a sua matéria orgânica e também contribui para uma umidade adequada, evitando perdas por evapotranspiração”.
O engenheiro ainda chama atenção para a importância de uma adubação adequada da terra. “O solo nem sempre dispõe de todas vitaminas e minerais necessários para que o desenvolvimento da planta ocorra. Desse modo, os cuidados com a adubação são imprescindíveis porque enriquece o solo em que o vegetal se encontra com as substâncias adequadas à determinada cultura. No entanto, é necessário que se maneje da maneira correta, para evitar excessos e prejuízos ” conclui.
Para o gerente executivo do dinc, Paulo Sales, “o Dia Nacional de Conservação do Solo é uma oportunidade única para refletirmos, sobretudo, acerca da necessidade de atentarmos para o aspecto de salinidade do solo, um fenômeno altamente desfavorável e prejudicial para a produção agrícola e que pode ocorrer em função da falta de manejo adequado do solo, como por exemplo a irrigação sobre solos que não foram classificados como irrigáveis, daí a necessidade de sempre se buscar o assessoramento de um pedólogo antes de se iniciar qualquer projeto parcelar de irrigação”, esclarece.